quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A(s) onda(s)...

"Felizmente" ou infelizmente comecei a enfrentar alguns problemas que já vinham se acumulando e finalmente, para que seja resolvido, foi dado o início da solução. Assim espero. Toco nesse ponto apenas, e muito rasteiramente, para dizer que o mar é um filtro muito interessante e que tem um tom de amenizar e de reflexão constante. Pelo menos é comigo. Que viajem minha, não?

Seguindo a estrada...

Fui passar alguns dias em uma praia famosa do litoral sul de Pernambuco. Nela, me lembrei de uma resenha que encontrei: por acaso (será?), em algum lugar (e não lembro onde). Só sei que ficou na minha mente e não tinha como não ir atrás para refletir sobre.

O lugar? Praia. O assunto? A(s) “onda(s)”.
 
 
 
Um "onda" é para muitos algo interessante: basilar e guia de atitudes e maneiras de enxergar a vida. Não concordo e nunca gostei de pautar a minha estrada por "ondas". Também não estou aqui para dizer nada que desabone para quem gosta de “surfar” sobre ondas (na vida real) ou, em muitos casos (o que é pior), se colocar como a própria onda. Só não concordo e nunca indicaria ninguém para se posicionar ou se apoiar em um alicerce tão raso e sem segurança.

E foi nessa remanda que fiquei por alguns minutos (não sei se por minutos ou horas) olhando por um tempo, as ondas que se formavam e terminavam na beira mar de onde eu estava. Uma simples forma de analisar a palavra, sentido e até mesmo me situar com a, literalmente, onda.

Interessante é que nenhuma das ondas que por alí eu observava me chamou a atenção. Todas: se formavam, se fortaleciam e morriam na beira da praia. Nenhuma, naquele período, marcou ou estabeleceu uma sintonia interessante. Apenas pela beleza e barulho relaxante me deixaram por um longo período atento. Mas não é nesse sentido que estou pegando como "forma" e sim no estrito senso da palavra e maneira de levar a vida ou estabelecer conteúdo. Qual conteúdo?

Não dá para comparar os ciclos das ondas do mar com a vida de ninguém. Aliás, morrer (chegar ao fim) é a única coisa que temos em comum com elas. Faz parte. É um caminho que não temos como evitar. 

E qual a necessidade daquelas ondas naquele momento? Eram rápidas, rasteiras e sempre morrendo na beira da praia. Repito: nenhuma era tão diferente da outra que me chamasse a atenção. Não que ser diferente seja algo valioso ou que defina algo. Apenas encontrei um parâmetro neste ponto e me lembrei o quanto iguais as pessoas tentam ser. Todo mundo é igual em diversos pontos e o diferente (é diferente) e se torna um algo fora dos padrões. Que padrões?  

Acho que é porque "as ondas" são e serão sempre o que lhes foram designados pela mãe natureza. Nada além! E nem por isso deixam de ser interessantes. Apenas compõem o cenário e descrevem uma composição já escrita e estipulada.

Nunca se colocar como "uma onda" é uma lição mais do que importante. É saudável. E o caminho contrário é iniciar um ciclo vicioso e que vai terminar no mesmo lugar: sem sal e sem açúcar.  

Marcar alguém como "uma onda" e "eternizar" momentos, pessoas, amizades, amores, ou algo que se classifica como uma situação agradável, é rasteiro e sem raízes. Neste sentido, algo está errado: ou nas relações com o que se adjetiva ou, o pior, o problema está na própria ação. E é bom lembrar que quem dirige é responsável pelo caminho.

Simplesmente por esse termo ser tão superficial quanto alguns momentos das nossa vidas, em que apenas lembramos como algo simplório, algo sem importância: “uma onda”. Fica nisso apenas. Flutua em águas perenes comuns.

Melhor do que a “onda”, é ver o que faz sentido no mar. O contexto é muito maior. Naquele momento me chamou mais a atenção a força dos ventos que direcionavam “as ondas”, barcos, nuvens e afins.
 
 

Assim deve ser na vida. Não deixar que “a onda” nos leve. As oportunidades são poucas: no amor, no trabalho, no dia a dia com os amigos e em momentos de contemplação e êxtase.

Ficar a mercê de uma “onda” ou apostar que temos que estar no momento certo e na hora certa não foi e nunca será uma boa estratégia. Correr e buscar "o algo" que pode ser a diferença na sua vida é o mais interessante: é fundamental.

Que bons ventos guiem nossas direções. E para quem prefere as ondas: que boas ondas te encaminhem. Neste caso, será? :(
 
Sem dia e nem hora para postar. Até a próxima!
 
 

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