quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Sejamos eficientes e eficazes





Desejar um feliz ano novo de uma forma diferente nunca foi o meu forte. Na verdade, nos dias de hoje, basta um abraço ou, dependendo da relação, enviar uma mensagem de texto ou um zap zap. É meu amigo... Estamos vivendo nos tempos em que a distância é o que o que mais une as pessoas. Contraditório?!

Ontem, ao ver a retrospectiva do ano, em um canal de televisão com sinal aberto, percebi que se tem mais atenção para as notícias ruins do que as boas. Pensei que eram os meus olhos ou o meu estado emocional na noite. Não. Não era. Ou seria o mundo ("o homem") que estaria refletindo o seu instinto mais cruel na edição das imagens? Ou pior, acreditar que a humanidade realmente não presta e tudo que foi repassado é realmente e, literalmente, verdade.

 Precisamos acreditar e se enganar na maioria do tempo. Afirmar que tudo é mentira e que todas as cenas escolhidas não aconteceram. ...Que aquilo tudo é passageiro. E que todos estão felizes.

 De qualquer forma, gostaria que o ano que vem (amanhã) chegasse com uma população mais consciente: que na saída dos locais recolhesse o seu próprio lixo, que não achasse que fila de idoso é para casos diferenciados, que os votos não fossem vendidos, que dar um simples bom dia fosse  lembrado sempre como uma regra de educação. Ah! Que tal o respeitar a opinião contrária? Seria uma boa, não?

Sinceramente? Não vejo mudanças contundentes na sociedade em que vivemos. Entretanto, é o sempre acreditar no trabalho de base e na busca do dia a dia por esses "ideais" que fortaleçam o ser homem: o cotidiano. Se não acreditar, não dá o primeiro passo. E para acreditar, não podemos desacreditar por certas atitudes.




Sejamos eficientes e eficazes nas atitudes nas próximas horas.

Que os próximos "365" dias sejam felizes: paz, saúde, amor, respeito e UNIÃO.

sábado, 26 de dezembro de 2015

O início, o meio e "o fim..."


O início...

Ontem, por mais que a pessoa não quisesse, dava para sentir no ar um clima diferente. E eu, que não tenho tanta ligação com religião, percebi alguma energia de paz no ar. Era o primeiro dia do ano em que posso falar que era de "uma paz quase que viral". O segundo? Na semana que vem, ao final do ano.

Vivendo uma ditadura na internet encontramos de tudo. Um clima quase que romano nas opiniões e palavras: das mentiras até o "tribunal". A falta das relações interpessoais está motivando tudo isso. E o pior é que as pessoas não estão se dando conta. O que antes era bate papo gostoso, nas mesas dos bares, ou nas calçadas, virou o "tenho que opinar".  A desarmonia pedindo a palavra...

O meio...

Um dia desses, ao sair de um médico, me sentei em uma lugar e poucos minutos um casal se posicionou ao meu lado, na mesa do canto. Não que eu quisesse, mas... Escutei todo o bate boca e as brigas no pior estilo "meus bens". Era um tal de "você ganha tanto" e "a pensão não foi paga" que eu fiquei constrangido e acho que, mesmo de cor morena, fiquei vermelho. Ambos não se deram conta do ouvido alheio que alí estava.

Ao mesmo tempo que escutava (e não era minha obrigação de sair do lugar, pois eu cheguei primeiro), me vinham mais pensamentos de como eles seriam no início da relação. Por alguns minutos imaginei o quanto o casal deve ter sido bonito e dos momentos que ambos deveriam ter passado bem antes daquela resenha anormal.

Um casal bonito e bem vestido. Ela, loira e de olhos azuis e com um vestido branco bem elegante. Ele, todo bem vestido socialmente, com a barba da moda. Ambos com cara de gente que veio ao mundo por passeio. Olha eu aqui tendo um preconceito antes de saber quem são?! O pior que me passavam essa imagem.

Várias perguntas me vieram enquanto eu escutava a troca de pancadas verbais: será que eles dividiam os momentos felizes publicamente nas rede sociais? Ou seria, dada a falta de percepção da minha presença, um "Facebook" público naquele momento? Só faltava um teclado para as pessoas curtirem ou opinarem "romanamente" para cada lado.


E "o fim..."

Perdoar é uma dádiva maravilhosa. Permite que a saúde mental e do coração voltem ao normal depois de tantas situações que te envelhecem e te perseguem nos momentos da sua vida. Já percebeu quanto tempo se perde em não perdoar ou não aceitar um perdão?

O perdão é tão maravilhoso que não precisa ser dito ou pedido literalmente. E ele acontece em um gesto de atenção, em uma ligação, em uma mensagem de texto ou mesmo buscando e procurando a pessoa para conversar.

O bom é saber que depois de receber a atenção de quem queria o carinho, ou reatar a relação, a pessoa que deu o primeiro passo vai receber proporcionalmente a energia que foi depositada para dar o primeiro passo. E sabemos o quanto é difícil. Mesmo assim... Do papel â atitude não é muito distante, vai por mim.

Que a energia do dia do Natal dure por longas horas. E que as pessoas lembrem do perdão e de se permitirem ser perdoadas.

"Um mais um é sempre mais que dois"

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Vamos encontrar um sentido em tudo que vemos. Sempre há, não duvide.





Demorei alguns dias para escrever mais esse texto. Percebi que a cada dia (e a cada postagem) os números (de busca) aumentam significativamente. Não que eu olhe sempre as estatísticas desse blog, até porque o intuito de iniciá-lo não foi baseado em números. Talvez as pessoas busquem alguma coisa nesses textos. O problema é que eu não sei qual o sentido da busca. Talvez seja alguma semelhança com alguns pontos ou, quem sabe, apenas curiosidade. O bom é que ajude: nem que seja para passar o tempo. Por curiosidade, as visualizações traduzem lugares distintos pelo mundo e que eu, provavelmente, não conheça a pessoa. Sabe Deus?!

Todo final de ano é o momento de fazer uma análise do que foi feito ou deixado de fazer. De "amigos" que não foram amigos, de "amores" que não foram amores, de projetos que não foram realizados, e que insistem em seguir as mentes e corações das pessoas: assim é o que chamamos de normal. E o que é normal? Vai depender de tantos significados e referências que é melhor nem tocar mais nesse assunto.

Sinceramente, não gosto e nunca gostei de final de ano: sempre fiquei com pouco ânimo para esse tipo de situação (tem gente que vibra como se fosse uma final de Copa do Mundo, na noite de final de ano). Natal? Esse eu nem falo. Ou melhor, falo sim... Muitos colocam nas "esmolas" (ôpa, doações), para os mais necessitados como a compra de um suposto espaço no reino dos céus. Como se isso (ato) fosse verdade. Acredito na doação de alma, para o próximo, no ano todo.

Impossível fazer doações: seja de carinho, amizade, comida ou qualquer que seja o "produto" quando dentro da sua família é o lugar onde mais carece do que se tenta doar. E isso ocorre mais corriqueiramente do que imaginamos. Basta dar uma olhada mais atenta para as famílias. Se não, parabéns. Você encontrou a plenitude da felicidade. Será?

Apesar de não ter fé em muitas coisas do tipo "religião", acho importante que as pessoas, que passam o ano inteiro frequentando os espaços religiosos, em que acreditam, façam na noite de Natal uma reunião entre os seus queridos.




Acho importante na formação de qualquer base familiar dar referências aos futuros adultos. O bom (para tirar uma onda do momento) é que nem todo mundo aplica 100% o que aprendeu na sua religião e, às vezes, o encontro mais parece um desencontro (quando não deturpam as palavras). Principalmente se você conhece todos os problemas e dificuldades de cada grupo (ou parte deles).

De tudo que já percebi (e olhe que não percebi tanta coisa), tenho uma chama para lembrar nesta fase do ano as amizades que perdi e dos sonhos que não são mais uma realidade. Quando falo em "perdi" é quando não temos mais vontade nem de encontrar certas pessoas ou de frequentar lugares que antes eram prazerosos.

Os desencontros me chamam mais a atenção do que os encontros. Talvez seja porque eu tenha uma ligeira tendência para fantasiar muito mais do que de fato aconteceu. Isso falando dos encontros. Ou melhor, desencontros. Sempre demoro um pouco mais do que o normal para sacar as minhas reais necessidades, contribuições as relações interpessoais e sinceridade das amizades (dos outros) formadas em certos encontros. É disso, talvez, que eu seja tão cético.

Formatar uma ideia no primeiro encontro não é um forte meu. Aliás, contrariando alguns livros que dizem que a primeira imagem é a que fica, no meu caso não será ela a primeira e sim, as outras "segundas", "terceiras" e etc.

Segundo uma professora que eu tive de direito, "Nunca" é uma palavra que nunca se usa no direito e no amor. Diria que também nos desencontros e encontros. Não necessariamente nesta ordem.

Vamos encontrar um sentido em tudo que vemos. Sempre há, não duvide.




quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Tripulação, preparar para o embarque.






Mais de 20 anos se passaram desde que a Legião Urbana lançou o seu primeiro sucesso. E são vários: não dá para comentar um por um. Dentre "os mais" (se é que posso dizer "mais") tocados, está o que virou hino da juventude dos anos 80: "Que país é este". Aliás, virou o hino de protesto do Brasil, nos dias de hoje, com outra conotação. Explico, adiante.

Há alguns dias fui para um show de um cantor que acompanho desde que me entendo por música. E, como antes, nos anos 80, um telão (lá nos anos 80 não tinha telão, era música mesmo) mostrava vários shows do Rock in Rio etc.. Tudo para descontrair o público.

Várias situações me chamavam a atenção e a comparação com os inúmeros shows, do mesmo cantor e de outras bandas, não poderia ser diferente. Neste, em especial: de um lado cadeiras e mesas exibindo bebidas e vestidos "elegantes".  Sabe show do Roberto Carlos, todo final de ano? Igual: sem tirar, nem pôr. Do outro, eu e uma turma em pé, como antes, e alguns vestidos (também "elegantes") ao meu lado. Cheguei a dar risadas. Ou será que riram do meu jeans desbotado e minha camiseta de algodão? Hilário.

Será que o Rock perdeu a essência? Ou foi a juventude? Para completar, entre as músicas tocadas no telão, apareceu Dinho Ouro preto. Entre os sucessos da sua banda, ele cantou Legião e a música que falei no primeiro parágrafo. Tudo caminhava bem, aos meus ouvidos, até o público (na gravação) gritar e responder para o cantor, na música, que o país tão falado era "a porra do Brasil".






Foi nesse exato momento que voltei no tempo. Há vários shows que fui da Legião e outras bandas que marcaram o Rock brasileiro naquele período de adolescência. Engraçado que o país vivia tempos bem difíceis. Para quem diz que hoje é pior, aconselho dar uma lida nos jornais do passado para ver e compreender o que é o Brasil de hoje.

Como o assunto aqui não é política, ah!... Voltei no tempo e comprovei que em nenhum show da Legião ou de qualquer banda, a juventude daquela época se dirigia ao país como "a porra do Brasil".

Fico imaginando o Renato Russo neste momento. Renato era um verdadeiro protestante das causas públicas e com política no corpo e na alma. Nunca se referiu ao Brasil com essa conotação. Sabe filho que está com raiva do pai? Por mais raiva da situação, o filho nunca chamaria o seu pai de "porra". E ele era assim.

Além de vergonha, Renato Russo mandaria todo mundo para outro lugar e sairia do show.

Alguma dúvida?

Tripulação, preparar para o embarque.


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Amigos e amigos: no mesmo caminho e(ou) em outras direções

Tem uns dois meses que conversei com uma pessoa sobre a sua vida. Sabe essas conversas que começam sem saber como começou? Bom, no meio da conversa rolou o papo "mulheres". E nessa resenha ele entrou falando que tinha conhecido uma figura (assim era o termo usado por ele) mais velha e etc. e tal.

Claro que no meio dessa conversa percebi que ele queria mesmo era ouvir algumas palavras minhas. Afinal, tenho muito mais idade e estrada do que ele em vários assuntos.

Em tempo: longe de mim dizer que sou "expert" (palavra da "moda" e que não gosto) em mulheres.

E assim que percebi, mesmo sabendo que a tarefa dada era muito complicada, que ele queria isso, fiz os comentários que, pela idade da guria, e pelo comportamento ditado por ele, achava mais ou menos necessários para que ele fosse feliz com a garota.





No contexto sério que ele falou que a moça era, pontuei que ele deveria se ajustar na conduta da mulher. Afinal, a conquista tem dessas coisas: foco, força e fé. Além de uns ajustes aqui e alí e o principal: humor (não conheço uma mulher que não goste de dar boas risadas).

E ele gostou. Falou que iria mudar sua forma de encarar a "danada" da menina.

Tempo vai e tempo vem...

Essa semana encontrei o mesmo colega e no mesmo lugar. Parece até coincidência, não? E é. Tem coisas que acontecem nas nossas vidas ("por coincidência") que deixamos passar e não aproveitamos. Infelizmente!

Bom.. O cara logo veio falando que não deu certo. Que a danada da mulher falou que tinha outra pessoa em sua vida e etc. Falou que o ajuste de conduta que ele tinha feito não deu certo e que nada adiantou para o objetivo. E que, mesmo gostando da sua nova postura, não a queria da forma que a moça o queria: ela queria ele de um lado e aproveitar um outro cara (ao mesmo tempo) do outro lado.

O que antes era um comportamento unilateral e com "promessas" de relacionamento (segundo ele), se tornou uma proposta de relação aberta e sem sentido para o meu amigo.

Se não foi feliz dessa vez, da forma que era para ser, o cara tentou, né?




"Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?"
 
 
 
 
Essa semana recebi um convite de um colega, desses que a gente não tem tanto contato, para uma inauguração de um novo projeto na sua vida. Percebi que o que antes era angústia (no último contato pessoal) sobre o seu futuro, agora era somente alegria e créditos de um horizonte melhor nos seus planos.
 
 
Nessa de zap zap, recebi o seu ultimato de ir na inauguração. Como sempre faço, agradeci e falei que iria assim que resolvesse uns problemas pessoais e arrumasse um tempo na minha agenda. O problema é que o negócio do cara é do outro lado do mundo: moro na zona norte e a visita seria na zona sul. E o pior: não acredito no novo ramo do amigo e não tem a mínima chance de consumir o seu produto de mercado.
 
 
Conversa terminada e, horas depois, me chega uma mensagem, dessas que passam conteúdo positivo (religião) e com frases de efeito, no meu zap zap. O engraçado é que ele não sabe o quanto foi legal ler e ver a energia que me foi passada naquele momento. O pouco tempo de frases digitadas e a distância de espaço físico, e interpretações diversas que poderiam ocasionar, caminharam rapidamente e ao encontro.
 
 
 
 
O engraçado é que eu não tenho a fé que ele pensa que tenho. Sou daqueles que foi "traído" por algumas religiões e que, até hoje, tem problemas com esse tipo de situação. Assim mesmo, a mensagem tocou onde deveria tocar. E o melhor: da minha forma (totalmente contrária ao desejo dele). Engraçado, não?
 
A frase consegui caminhar para o mesmo sentido.
 
 
 
 
"Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?"
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A(s) onda(s)...

"Felizmente" ou infelizmente comecei a enfrentar alguns problemas que já vinham se acumulando e finalmente, para que seja resolvido, foi dado o início da solução. Assim espero. Toco nesse ponto apenas, e muito rasteiramente, para dizer que o mar é um filtro muito interessante e que tem um tom de amenizar e de reflexão constante. Pelo menos é comigo. Que viajem minha, não?

Seguindo a estrada...

Fui passar alguns dias em uma praia famosa do litoral sul de Pernambuco. Nela, me lembrei de uma resenha que encontrei: por acaso (será?), em algum lugar (e não lembro onde). Só sei que ficou na minha mente e não tinha como não ir atrás para refletir sobre.

O lugar? Praia. O assunto? A(s) “onda(s)”.
 
 
 
Um "onda" é para muitos algo interessante: basilar e guia de atitudes e maneiras de enxergar a vida. Não concordo e nunca gostei de pautar a minha estrada por "ondas". Também não estou aqui para dizer nada que desabone para quem gosta de “surfar” sobre ondas (na vida real) ou, em muitos casos (o que é pior), se colocar como a própria onda. Só não concordo e nunca indicaria ninguém para se posicionar ou se apoiar em um alicerce tão raso e sem segurança.

E foi nessa remanda que fiquei por alguns minutos (não sei se por minutos ou horas) olhando por um tempo, as ondas que se formavam e terminavam na beira mar de onde eu estava. Uma simples forma de analisar a palavra, sentido e até mesmo me situar com a, literalmente, onda.

Interessante é que nenhuma das ondas que por alí eu observava me chamou a atenção. Todas: se formavam, se fortaleciam e morriam na beira da praia. Nenhuma, naquele período, marcou ou estabeleceu uma sintonia interessante. Apenas pela beleza e barulho relaxante me deixaram por um longo período atento. Mas não é nesse sentido que estou pegando como "forma" e sim no estrito senso da palavra e maneira de levar a vida ou estabelecer conteúdo. Qual conteúdo?

Não dá para comparar os ciclos das ondas do mar com a vida de ninguém. Aliás, morrer (chegar ao fim) é a única coisa que temos em comum com elas. Faz parte. É um caminho que não temos como evitar. 

E qual a necessidade daquelas ondas naquele momento? Eram rápidas, rasteiras e sempre morrendo na beira da praia. Repito: nenhuma era tão diferente da outra que me chamasse a atenção. Não que ser diferente seja algo valioso ou que defina algo. Apenas encontrei um parâmetro neste ponto e me lembrei o quanto iguais as pessoas tentam ser. Todo mundo é igual em diversos pontos e o diferente (é diferente) e se torna um algo fora dos padrões. Que padrões?  

Acho que é porque "as ondas" são e serão sempre o que lhes foram designados pela mãe natureza. Nada além! E nem por isso deixam de ser interessantes. Apenas compõem o cenário e descrevem uma composição já escrita e estipulada.

Nunca se colocar como "uma onda" é uma lição mais do que importante. É saudável. E o caminho contrário é iniciar um ciclo vicioso e que vai terminar no mesmo lugar: sem sal e sem açúcar.  

Marcar alguém como "uma onda" e "eternizar" momentos, pessoas, amizades, amores, ou algo que se classifica como uma situação agradável, é rasteiro e sem raízes. Neste sentido, algo está errado: ou nas relações com o que se adjetiva ou, o pior, o problema está na própria ação. E é bom lembrar que quem dirige é responsável pelo caminho.

Simplesmente por esse termo ser tão superficial quanto alguns momentos das nossa vidas, em que apenas lembramos como algo simplório, algo sem importância: “uma onda”. Fica nisso apenas. Flutua em águas perenes comuns.

Melhor do que a “onda”, é ver o que faz sentido no mar. O contexto é muito maior. Naquele momento me chamou mais a atenção a força dos ventos que direcionavam “as ondas”, barcos, nuvens e afins.
 
 

Assim deve ser na vida. Não deixar que “a onda” nos leve. As oportunidades são poucas: no amor, no trabalho, no dia a dia com os amigos e em momentos de contemplação e êxtase.

Ficar a mercê de uma “onda” ou apostar que temos que estar no momento certo e na hora certa não foi e nunca será uma boa estratégia. Correr e buscar "o algo" que pode ser a diferença na sua vida é o mais interessante: é fundamental.

Que bons ventos guiem nossas direções. E para quem prefere as ondas: que boas ondas te encaminhem. Neste caso, será? :(
 
Sem dia e nem hora para postar. Até a próxima!
 
 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

"Pré-conceito" e orgulho

Preconceito é uma palavra idiota na maioria das vezes: não que eu esteja falando que quem tem um pré-conceito seja assim. É importante na vida de qualquer pessoa ter referências e dados para compor o seu caráter e que definam a coerência dos pensamentos que guiarão o longo e difícil caminho da vida.

O interessante é que não se deve guiar a maioria dos momentos por "pré-conceitos". Tente colocar no seu prato preferido o tempero que mais gosta em excesso. Isso seria (e é!) bastante perigoso. Afinal, em todas as regras existem as exceções (e como é fácil encontrá-las). Pré-conceito sempre vem, por incrível que pareça, correndo basicamente e, paralelamente ao termo, "coerência". Explico.

Ser coerente é agir de uma forma "saudável" aos caminhos escolhidos: sejam caminhos tortos ou retos (e que somos nós para pré-julgar os caminhos alheios, não?) Se você é leve nos atos, tem que ser leve (e geralmente é assim) no trato com os outros, em uma visão geral.

Se é uma pessoa pesada (não aconselho seguir esse caminho) deve-se tentar amenizar esse sentido, pois a saúde logo vai dar um recado: breve ou longo.


Entretanto, em se tratando de coerência, as pessoas que agem de uma forma "pesada" consigo mesmas, têm "por coerência" agir da mesma forma no trato com os outros (e geralmente é assim).

O problema de seguir o caminho de pré-conceituar algo, é pecar pelo excesso e não olhar para o seu telhado, ou melhor, para a sua vida.

Longe desse texto de estar ditando regras de como lidar com a vida ou com os próprios erros e acertos. É, por sinal, aqui, uma forma de lembrar de levar a vida um pouco mais leve.

Estamos vivendo uma ditatura de achar que o mundo tem que ser igual ao que somos ou ao que achamos como o certo. Assim, fazemos no dia a dia de nossa vidas: só nos juntamos com gente que pensa igual.

E onde moram as relações interpessoais? Como evoluir sem ter o convívio com o diferente?

O que não pode acontecer é lidar com certos pré-conceitos estabelecidos na vida e achar que o outro tem algo que não pode ser mudado (ou você que pode se moldar e mudar para encaixar ao interesse, não?). Fechar a porta do convívio e chutar a relação não é uma forma de se lidar interessante no dia a dia.

Observe mais a vida de "fulano" e perceba que, em muitos casos, ele agiu com coerência, respeitou os seus defeitos (pré-estabelecidos na formação do caráter dele) e superou os pré-conceitos estabelecidos na sua imagem ou no que tanto você passa (mesmo sem querer).

É um exercício simples de digitar ou falar e dificílimo de seguir. Mas... Contudo, tem um lado bom: enxergar que o que erramos no cotidiano é superado por certas pessoas de uma forma direta e automática.

Atire a primeira pedra quem nunca pré-conceituou algo ou alguém;


Atire a primeira pedra quem nunca mudou a visão de algo um tempo depois;


Atire a primeira pedra quem nunca abriu mão de algo bom na vida e depois se arrependeu (consciente ou inconsciente).

O pior cenário é o de quem tem várias atitudes de "cabimento de pré-conceito" (estamos apenas citando e não pré-conceituando) e age como se não (ou nunca) o outro possa ter. Ou, se o outro tem, tem que respeitar os "meus". É como se o terreno do vizinho não pudesse ter defeitos. O meu, sim, PODE tudo!

Pena que tudo isso vem com um grande sentimento de arrependimento e culpa. E o "orgulho", aquele que alguns teimam em ter, vem combinado com a falta de maturidade e experiências no cotidiano da vida... É infalível o sentimento de arrependimento e dói bastante.


 A resenha vem logo depois e com um preço muito alto na cobrança. Em muitos casos, sem volta.







Lanço um desafio: reflita a sua vida, nas vezes em que colocou o orgulho à frente de algo, e tente lembrar se o resultado valeu a pena.

Para finalizar, TODOS os significados da palavra preconceito são ruins.


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pre·con·cei·to
(pre- + conceito)


substantivo masculino
 
substantivo masculino
 
1. Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial.
2. Opinião desfavorável que não é baseada em dados .objetivos. = INTOLERÂNCIA
3. Estado de abusão, de cegueira moral.
4. Superstição.

"preconceito", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/DLPO/preconceito [consultado em 04-11-2015].

























 

 

 

 
 
 
 
 
 
 


 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Carinho: depende de quem olha

Engraçada a vida. Faz tempo que eu queria ter um blog. Tipo esse aqui: básico, simples e sem tantos brilhos e links para chamar a atenção de todos. Desses que o único objetivo é escrever sobre tudo e sobre a vida. E que não tenha divulgação.

Como todos sabem, tenho um site no formato www, literalmente, e a turma chama de Blog. De qualquer forma, o tal falado "Blog" (putz, já é a terceira vez que digito essa palavra) é, na verdade, um site que tem como objetivos (únicos) o Sport Club do Recife e o futebol em geral.

Como o objetivo aqui é qualquer coisa que não seja futebol (em alguns casos não teremos como escapar), vou logo agradecendo a turma que lembrou do meu aniversário. Sim, hoje (ontem) é (foi) o dia de nascimento desse cara aqui. E também do nascimento do link que vai abordar de tudo e sem dia e hora certa.

Bom, falando do aniversário, foram muitos tipos de mensagens: dos que apenas deram um "alô", rápido e sem as frases de feliz aniversário (e contraditoriamente me senti parabenizado), passando pelos que mandaram mensagens privadas e, também, aos que publicamente enviaram o seu carinho pelas redes sociais.

É engraçado. Cada um tem uma forma de se expressar. E é nas diferentes formas de expressão que se concentra o carinho e a distância (em KM): singulares, diretas (ou não)  que me concentro. Não necessariamente nas palavras, exageros, brincadeiras ou economia de dígitos.

A mensagem de alegria e carinho não tem dimensão. Aliás, toda forma de passar uma energia boa para o próximo é bem vinda. Percebi hoje um algo mais que há muito tempo não tinha olhos. Me falta(va) "estrada" no trato com crianças. E olhe que estou há milhas e milhas desse lugar e fisicamente ausente. Aliás... Nem tanto. O celular me deixa ligado (conectado) sempre.

Contudo, foram essas duas crianças que me fizeram tanto ou mais feliz no quesito mensagem de aniversário. Explico. tenho dois afilhados: um com 3 anos e o outro com 4, e ambos estão na fase de bolos, festas e qual o "tema" do parabenizado do dia.  E a minha "missão" de hoje era fazer uma "festa" via FaceTime, um app de conversas privadas de uma famosa marca de celular.

E assim foi. No improviso e nas pressas para que eles não fossem jantar e dormir sem cantar os parabéns e apagar a vela do bolo. Era o parabéns do tio. O cara (exemplo) para eles.

Escolhi uma maçã, isso mesmo! Um fruta. E nem sei de onde tirei essa ideia. Só sei que abri um buraco no centro da fruta e coloquei uma vela. Isso mesmo. kkkk

Seguindo a correria, com uma vela, ao centro, e tendo o nome de "bolo", liguei o danado do FaceTime. Respirei fundo e já me veio um certo receio das perguntas que viriam ao tio.

Para minha surpresa, nem chegaram as perguntas e muito menos um olhar incriminador por causa da "fruta bolo". Recebi o sorriso mais lindo que alguém precisava ver nos últimos dias.

Sabe o que eles fizeram? Falaram: "Olha o bolo de maçã do padrinho!". Isso mesmo. Uma maça com uma vela (usada e gasta pelo tempo), virou um bolo de aniversário padrão FIFA (quando falar nesta instituição era algo de bom).

O simples é uma realidade. O carinho é um fato.

Obrigado à todos pela lembrança no dia de hoje.