quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Sejamos eficientes e eficazes





Desejar um feliz ano novo de uma forma diferente nunca foi o meu forte. Na verdade, nos dias de hoje, basta um abraço ou, dependendo da relação, enviar uma mensagem de texto ou um zap zap. É meu amigo... Estamos vivendo nos tempos em que a distância é o que o que mais une as pessoas. Contraditório?!

Ontem, ao ver a retrospectiva do ano, em um canal de televisão com sinal aberto, percebi que se tem mais atenção para as notícias ruins do que as boas. Pensei que eram os meus olhos ou o meu estado emocional na noite. Não. Não era. Ou seria o mundo ("o homem") que estaria refletindo o seu instinto mais cruel na edição das imagens? Ou pior, acreditar que a humanidade realmente não presta e tudo que foi repassado é realmente e, literalmente, verdade.

 Precisamos acreditar e se enganar na maioria do tempo. Afirmar que tudo é mentira e que todas as cenas escolhidas não aconteceram. ...Que aquilo tudo é passageiro. E que todos estão felizes.

 De qualquer forma, gostaria que o ano que vem (amanhã) chegasse com uma população mais consciente: que na saída dos locais recolhesse o seu próprio lixo, que não achasse que fila de idoso é para casos diferenciados, que os votos não fossem vendidos, que dar um simples bom dia fosse  lembrado sempre como uma regra de educação. Ah! Que tal o respeitar a opinião contrária? Seria uma boa, não?

Sinceramente? Não vejo mudanças contundentes na sociedade em que vivemos. Entretanto, é o sempre acreditar no trabalho de base e na busca do dia a dia por esses "ideais" que fortaleçam o ser homem: o cotidiano. Se não acreditar, não dá o primeiro passo. E para acreditar, não podemos desacreditar por certas atitudes.




Sejamos eficientes e eficazes nas atitudes nas próximas horas.

Que os próximos "365" dias sejam felizes: paz, saúde, amor, respeito e UNIÃO.

sábado, 26 de dezembro de 2015

O início, o meio e "o fim..."


O início...

Ontem, por mais que a pessoa não quisesse, dava para sentir no ar um clima diferente. E eu, que não tenho tanta ligação com religião, percebi alguma energia de paz no ar. Era o primeiro dia do ano em que posso falar que era de "uma paz quase que viral". O segundo? Na semana que vem, ao final do ano.

Vivendo uma ditadura na internet encontramos de tudo. Um clima quase que romano nas opiniões e palavras: das mentiras até o "tribunal". A falta das relações interpessoais está motivando tudo isso. E o pior é que as pessoas não estão se dando conta. O que antes era bate papo gostoso, nas mesas dos bares, ou nas calçadas, virou o "tenho que opinar".  A desarmonia pedindo a palavra...

O meio...

Um dia desses, ao sair de um médico, me sentei em uma lugar e poucos minutos um casal se posicionou ao meu lado, na mesa do canto. Não que eu quisesse, mas... Escutei todo o bate boca e as brigas no pior estilo "meus bens". Era um tal de "você ganha tanto" e "a pensão não foi paga" que eu fiquei constrangido e acho que, mesmo de cor morena, fiquei vermelho. Ambos não se deram conta do ouvido alheio que alí estava.

Ao mesmo tempo que escutava (e não era minha obrigação de sair do lugar, pois eu cheguei primeiro), me vinham mais pensamentos de como eles seriam no início da relação. Por alguns minutos imaginei o quanto o casal deve ter sido bonito e dos momentos que ambos deveriam ter passado bem antes daquela resenha anormal.

Um casal bonito e bem vestido. Ela, loira e de olhos azuis e com um vestido branco bem elegante. Ele, todo bem vestido socialmente, com a barba da moda. Ambos com cara de gente que veio ao mundo por passeio. Olha eu aqui tendo um preconceito antes de saber quem são?! O pior que me passavam essa imagem.

Várias perguntas me vieram enquanto eu escutava a troca de pancadas verbais: será que eles dividiam os momentos felizes publicamente nas rede sociais? Ou seria, dada a falta de percepção da minha presença, um "Facebook" público naquele momento? Só faltava um teclado para as pessoas curtirem ou opinarem "romanamente" para cada lado.


E "o fim..."

Perdoar é uma dádiva maravilhosa. Permite que a saúde mental e do coração voltem ao normal depois de tantas situações que te envelhecem e te perseguem nos momentos da sua vida. Já percebeu quanto tempo se perde em não perdoar ou não aceitar um perdão?

O perdão é tão maravilhoso que não precisa ser dito ou pedido literalmente. E ele acontece em um gesto de atenção, em uma ligação, em uma mensagem de texto ou mesmo buscando e procurando a pessoa para conversar.

O bom é saber que depois de receber a atenção de quem queria o carinho, ou reatar a relação, a pessoa que deu o primeiro passo vai receber proporcionalmente a energia que foi depositada para dar o primeiro passo. E sabemos o quanto é difícil. Mesmo assim... Do papel â atitude não é muito distante, vai por mim.

Que a energia do dia do Natal dure por longas horas. E que as pessoas lembrem do perdão e de se permitirem ser perdoadas.

"Um mais um é sempre mais que dois"

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Vamos encontrar um sentido em tudo que vemos. Sempre há, não duvide.





Demorei alguns dias para escrever mais esse texto. Percebi que a cada dia (e a cada postagem) os números (de busca) aumentam significativamente. Não que eu olhe sempre as estatísticas desse blog, até porque o intuito de iniciá-lo não foi baseado em números. Talvez as pessoas busquem alguma coisa nesses textos. O problema é que eu não sei qual o sentido da busca. Talvez seja alguma semelhança com alguns pontos ou, quem sabe, apenas curiosidade. O bom é que ajude: nem que seja para passar o tempo. Por curiosidade, as visualizações traduzem lugares distintos pelo mundo e que eu, provavelmente, não conheça a pessoa. Sabe Deus?!

Todo final de ano é o momento de fazer uma análise do que foi feito ou deixado de fazer. De "amigos" que não foram amigos, de "amores" que não foram amores, de projetos que não foram realizados, e que insistem em seguir as mentes e corações das pessoas: assim é o que chamamos de normal. E o que é normal? Vai depender de tantos significados e referências que é melhor nem tocar mais nesse assunto.

Sinceramente, não gosto e nunca gostei de final de ano: sempre fiquei com pouco ânimo para esse tipo de situação (tem gente que vibra como se fosse uma final de Copa do Mundo, na noite de final de ano). Natal? Esse eu nem falo. Ou melhor, falo sim... Muitos colocam nas "esmolas" (ôpa, doações), para os mais necessitados como a compra de um suposto espaço no reino dos céus. Como se isso (ato) fosse verdade. Acredito na doação de alma, para o próximo, no ano todo.

Impossível fazer doações: seja de carinho, amizade, comida ou qualquer que seja o "produto" quando dentro da sua família é o lugar onde mais carece do que se tenta doar. E isso ocorre mais corriqueiramente do que imaginamos. Basta dar uma olhada mais atenta para as famílias. Se não, parabéns. Você encontrou a plenitude da felicidade. Será?

Apesar de não ter fé em muitas coisas do tipo "religião", acho importante que as pessoas, que passam o ano inteiro frequentando os espaços religiosos, em que acreditam, façam na noite de Natal uma reunião entre os seus queridos.




Acho importante na formação de qualquer base familiar dar referências aos futuros adultos. O bom (para tirar uma onda do momento) é que nem todo mundo aplica 100% o que aprendeu na sua religião e, às vezes, o encontro mais parece um desencontro (quando não deturpam as palavras). Principalmente se você conhece todos os problemas e dificuldades de cada grupo (ou parte deles).

De tudo que já percebi (e olhe que não percebi tanta coisa), tenho uma chama para lembrar nesta fase do ano as amizades que perdi e dos sonhos que não são mais uma realidade. Quando falo em "perdi" é quando não temos mais vontade nem de encontrar certas pessoas ou de frequentar lugares que antes eram prazerosos.

Os desencontros me chamam mais a atenção do que os encontros. Talvez seja porque eu tenha uma ligeira tendência para fantasiar muito mais do que de fato aconteceu. Isso falando dos encontros. Ou melhor, desencontros. Sempre demoro um pouco mais do que o normal para sacar as minhas reais necessidades, contribuições as relações interpessoais e sinceridade das amizades (dos outros) formadas em certos encontros. É disso, talvez, que eu seja tão cético.

Formatar uma ideia no primeiro encontro não é um forte meu. Aliás, contrariando alguns livros que dizem que a primeira imagem é a que fica, no meu caso não será ela a primeira e sim, as outras "segundas", "terceiras" e etc.

Segundo uma professora que eu tive de direito, "Nunca" é uma palavra que nunca se usa no direito e no amor. Diria que também nos desencontros e encontros. Não necessariamente nesta ordem.

Vamos encontrar um sentido em tudo que vemos. Sempre há, não duvide.




quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Tripulação, preparar para o embarque.






Mais de 20 anos se passaram desde que a Legião Urbana lançou o seu primeiro sucesso. E são vários: não dá para comentar um por um. Dentre "os mais" (se é que posso dizer "mais") tocados, está o que virou hino da juventude dos anos 80: "Que país é este". Aliás, virou o hino de protesto do Brasil, nos dias de hoje, com outra conotação. Explico, adiante.

Há alguns dias fui para um show de um cantor que acompanho desde que me entendo por música. E, como antes, nos anos 80, um telão (lá nos anos 80 não tinha telão, era música mesmo) mostrava vários shows do Rock in Rio etc.. Tudo para descontrair o público.

Várias situações me chamavam a atenção e a comparação com os inúmeros shows, do mesmo cantor e de outras bandas, não poderia ser diferente. Neste, em especial: de um lado cadeiras e mesas exibindo bebidas e vestidos "elegantes".  Sabe show do Roberto Carlos, todo final de ano? Igual: sem tirar, nem pôr. Do outro, eu e uma turma em pé, como antes, e alguns vestidos (também "elegantes") ao meu lado. Cheguei a dar risadas. Ou será que riram do meu jeans desbotado e minha camiseta de algodão? Hilário.

Será que o Rock perdeu a essência? Ou foi a juventude? Para completar, entre as músicas tocadas no telão, apareceu Dinho Ouro preto. Entre os sucessos da sua banda, ele cantou Legião e a música que falei no primeiro parágrafo. Tudo caminhava bem, aos meus ouvidos, até o público (na gravação) gritar e responder para o cantor, na música, que o país tão falado era "a porra do Brasil".






Foi nesse exato momento que voltei no tempo. Há vários shows que fui da Legião e outras bandas que marcaram o Rock brasileiro naquele período de adolescência. Engraçado que o país vivia tempos bem difíceis. Para quem diz que hoje é pior, aconselho dar uma lida nos jornais do passado para ver e compreender o que é o Brasil de hoje.

Como o assunto aqui não é política, ah!... Voltei no tempo e comprovei que em nenhum show da Legião ou de qualquer banda, a juventude daquela época se dirigia ao país como "a porra do Brasil".

Fico imaginando o Renato Russo neste momento. Renato era um verdadeiro protestante das causas públicas e com política no corpo e na alma. Nunca se referiu ao Brasil com essa conotação. Sabe filho que está com raiva do pai? Por mais raiva da situação, o filho nunca chamaria o seu pai de "porra". E ele era assim.

Além de vergonha, Renato Russo mandaria todo mundo para outro lugar e sairia do show.

Alguma dúvida?

Tripulação, preparar para o embarque.