quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Sentir


Nesta semana acabei percebendo que a gente também sente a saúde no corpo. É bem lógico em um primeiro momento, não?

Fácil de falar e conjugar o verbo, é! Difícil é "sentir". Geralmente não sentimos a energia do nosso próprio corpo ou a saúde que estamos passando.

Contudo, é comum, no sentido inverso, saber que algo está errado com o nosso organismo: basta uma dor de cabeça ou algo similar.

O verbo sentir é "quase sempre conjugado" assim que escutamos algumas perguntas relativas ao sentimento, ao que se quer no desejo de sentir. É algo automático e simplesmente não valorizado por todos. Não valorizado é apenas um modo de dizer. Afinal, quem não valoriza o que é bom? Sentir é bom até mesmo quando o sentimento é ruim. É dele que faremos uma referência e, em muitos momentos, um ponto de partida.

Eu, por exemplo, só aos 44 anos tive o sentimento de saber como a saúde estava chegando novamente. E isso, no sentido bom. A volta da saúde mental e física. É algo comum do ser humano não valorizar um ponto que está intrínseco no seu dia a dia. É como se a vida somente tivesse a obrigação de te dar coisas e fatos bons para "a sua natureza". É como uma regra dentro das nossas cabeças.

Mas... Chega aquele momento (que pode ser dia / meses / anos) em que o alerta é ligado e as percepções gritam mais do que o normal. Pronto! Vamos sentir a falta de saúde!


"Quem se meter a conhecer o outro, antes de conhecer a si próprio, vai passar o tempo todo se vendo no espelho."


Esse texto não é uma crítica com quem não está ligado no cotidiano do seu corpo. É apenas uma constatação que não temos a percepção plausível aos "olhos": no costume.

Fazendo um link da percepção de sentir o corpo, com a falta da percepção, encontramos pessoas que não sabem ou não se dão conta do quanto buscam no outro (amigo / namorado / colega / ficante) o seu espelho.

E fazemos isso, também, em um bate papo sem qualquer pretensão.

Já percebeu o quanto induzimos a resposta do outro? Escolhemos, minuciosamente o receptor de atos, gestos ou palavras, muitas vezes, pela percepção do que é certo no nosso conceito. No que é justo e de acordo com os nossos dogmas.

Ganha-se por um lado e Perde-se por outro. O ganho é no caminho em que somente vamos enfrentar conversas, ideias e respostas no que achamos certo. Se faz novos amigos, amores, caminhos e certezas que não irão gerar incertezas. É a preguiça e o comodismo de viver em um piloto automático da vida. Vez em quando é que pode-se diminuir a frequência: e isso no tempo e espaço que indivíduo quer.

Perde-se quando não existe crescimento de convicções e contrapontos no momento que se houve a resposta que já estavam em nossas mentes. E é difícil também perceber que não estamos caminhando e trabalhando esse lado. Afinal, "só presta se eu gosto" ou se "tem a minha assinatura".


Também não vamos fazer do nosso dia a dia um campo de batalhas onde tudo que eu busco é a opinião contrária para poder argumentar e me impor (ou não). E o pior que tem gente que faz isso com a frequência mais que exageradamente. Nem tudo, nem pouco! Sempre há um espaço para o meio termo, não?

E é aí que mora a dificuldade. Que tal, vez em quando, abordar o "não" e encará-lo como positivo?

Sentir, em todos os sentidos, é uma busca e um crescimento.


sen·tir - ConjugarConjugar
(latim sentio, -ire, perceber pelos sentidos, perceber, pensar)


verbo transitivo
 
verbo transitivo
 
1. Perceber por um dos sentidos; ter como sensação.

2. Perceber o que se passa em si; ter como sentimento. = EXPERIMENTAR

"sentir", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/DLPO/sentir [consultado em 27-01-2016].

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O olhar x a expectativa

 
 
Viver em uma cidade como Recife é um presente para qualquer um. Inclusive se o cara gosta de farra e tem disposição para tudo. Dinheiro? Não precisa de tanto. A capital pernambucana e sua vizinha de festas (Olinda) são singulares e paralelas neste quesito. Se come e se bebe de tudo: caro ou barato, longe ou perto e coisas boas e ruins. E nessa velocidade da diversidade cultural e de programação, o camarada pode ter de tudo: inclusive nada.

Existem aqueles de "gosto duvidoso" e que insistem em querer mais adeptos. Talvez seja a síndrome das redes sociais... Será?

Querer estar em todos os lugares seria impossível. Me impressiona a disposição de muitos para ir e "estar" em vários locais. É como se tudo fosse acontecer ao mesmo tempo (minuto após minuto). A necessidade quase desumana de abraçar tudo e todos. São os resumos (não tão resumidos assim) nos registros para o Instagram ou para o "loteamento" da festa em um breve post do Facebook.

Talvez seja uma necessidade de provar algo para alguém e que, na verdade, não se sabe nem quem é o público, que se quer alcançar, e os reais motivos. "Tão real" quanto uma risada para uma self em um local público.



 "Quem corre do sofrimento, sofre mais"
 
 
Será que correr das festas de carnaval será um sofrimento? Ficar em casa vendo a Tv com os "Vips" posando de admiradores do samba ou da axé music é, ou será, um processo difícil. E por morar em uma cidade referência de cultura e carnaval terá, se for o caso, o seu preço. Se ficar, o bicho pega. Se correr...
 
 
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Houve uma época em que andava de bicicleta por toda a zona sul do Recife e, principalmente, nas praias do que denominam, nos dias de hoje, a Jaboatão dos Guararapes. Em várias "bicicletadas" indo para a casa de uma namorada da época, eu sempre passava em frente de uma lanchonete em que era ponto da galera do surf.
 
Só para mapear, "o verbo" surfar não entrou na minha vida desde aquele tempo... Em uma das idas e vindas desse caminho, entrei no ponto da galera para saber o que tanto rolava: fiquei curioso para observar. E só observar.
 
Nela, vários cabeludos como eu (nos anos 80 só tinha cabelo grande o "boleiro", o surfista ou Paulo Ricardo, na sua RPM), e uma tv ligada com filmagens do que seria o dia da turma no mar.
 
Entre ondas, drops, comidas naturais e etc. eu estava atuando naquele circuito como um "haole" (uma espécie de gente fora do local). Ficava ouvindo e vendo as reações, brincadeiras e os supostos objetivos da turma: cada um com os seus sonhos de uma suposta, ou não, vida de surfista.
 
 
Engraçado que este mesmo filme passou na minha cabeça uns trinta e poucos anos depois. Estava vendo um programa sobre o Carlos Burle (lenda do surf brasileiro), e me deparei com uma frase do cara. E essa frase me fez ir até a minha adolescência, e naquela lanchonete, naquela noite. Mais engraçado é que somente me chamou a atenção em um segundo momento: "Hoje teremos onda pequenas. Vamos fazer acontecer".
 
Besta sou eu que acreditei no que o cara falou. Eram ondas no Rio de Janeiro que eu jamais pensei em surfar. Ondas grandes e sem uma sequência lógica. Um tremendo desafio para um iniciante do esporte.
 
Um mesmo olhar sobre a ótica da diferença em um segundo plano. Complicado, não?
 
As perguntas sempre me estimularam mais do que as respostas, mesmo que elas não tenham sentido ou uma exata explicação. A onda do Carlos Burle é muito maior do que o desejado por um surfista "normal" como eu. E daí, vários sentimentos: qual o olhar que cada um coloca no mesmo ponto? Qual a expectativa pelo que está do outro lado da ponte?
 
É lógico que a frase e o exemplo serviram de inspiração para as várias perguntas que sempre faço no meu dia a dia. Diria até que nas minhas longas horas de insônia ou nas minhas "curtas" (não tão curtas assim) corridas.
 
Gerar uma expectativa no que os outros falam pode não ser tão prazeroso. Alinhar as palavras e o contraditório do que se realmente enxerga é sempre desafiador para quem está olhando com a visão de admiração, de pódio ou simplesmente de aprendizado.
 
Que tal praticar o olhar com os próprios olhos e deixar a expectativa do lado? Talvez o caminho difícil seja o mais fácil de ser jogado e vivido. Vai saber?!
 
Carlos Burle, recentemente, me desejou boas vibrações e disse que nos encontraríamos nas águas. Imagine?!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Lei da Consequência - Causa e Efeito





E mais uma vez vai chegando ao fim uma semana de assuntos que vão do "8 ao 80". Se por um lado podemos dar os parabéns ao Humberto Gessinger, o eterno Engenheiros do Havaí, pelos seus 31 anos de carreira, por outro, não podemos ser tão enfáticos na felicidade com a morte do David Bowie.

Ambos com vasto caminho percorrido pelas estradas do bom e velho rock: um, nacionalmente. O outro, com rodagem internacional. Segue o jogo... Ou melhor, o rock! Eternizado e servindo de referência para as futuras bandas.



 


Em uma das minhas caminhadas, pelo bairro em que moro, me encontrei com uma dupla. Era um deficiente visual e um rapaz que caminhava na sua frente. Do nada, como quem pede licença, me pediram uma informação. De pronto, eu já parei e dei a coordenada para o destino que os dois perguntaram e iriam.

O engraçado é que, ao dizer a direção (que era contrária ao caminho que eles estavam fazendo) o rapaz com deficiência parou, deu uma risada (já todo suado) e falou: "estou andando tem tempo... E mais perdido que cedo em tiroteio".

Minhas caminhadas são que nem as minhas corridas. Servem de terapia e de bons momentos para pensar em possíveis problemas e soluções. Possíveis mesmo... Tem como encarar alguns problemas da vida de forma tão séria depois do exemplo que recebi de alegria e de superação? Não, de fato, não!

Tudo ficou pequeno depois que eu presenciei o sorriso dele (naquele rosto suado e querendo chegar logo para o compromisso que estava programado) e o seu bom humor com tanta dificuldade que ele enfrenta pelo problema na sua visão.  

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Após alguns minutos encontrei uma pessoa que não era o foco, naquele momento, mas... Serviu de envio de uma mensagem para outra pessoa. Vou ser claro: não gosto de saber que alguém tem raiva de mim ou que vá desviar o caminho por minha causa por uma simples falta de comunicação. Erro acontecem... Se é que errei... Acho que não.

Pedi alguns minutos com essa pessoa e o assunto foi tratado "diretamente", acredito, com a outra pessoa. Afinal, são unha e carne em termos de amizade.

A cada palavra e pergunta sem resposta (sim, a pessoa não poderia responder pela outra), percebi que eu estava ficando mais leve. Isso sem saber se realmente eu fiz por onde tanta falta de energia no meu sentido.

Não entendo como as pessoas deixam de se falar por algum erro de comunicação ou alguma falta de acerto. Assim mesmo, sem saber se de fato se eu era o culpado, mandei o meu pedido de desculpas.

Quem sabe um dia eu me encontre com essa pessoa de novo, não? Que seja novamente um encontro prazeroso.





Para quem acredita na força divina, foi Deus que colocou, ambos os casos, por algum motivo: seja para ver um bom exemplo de superação e me ajudar de alguma forma (como foi no primeiro caso) ou para tirar um (suposto) peso das minhas costas que já durava um bom tempo.

Para quem não acredita, na maioria do tempo, como eu, foi uma relação de causa e consequência de fazer o bem e receber do universo essa energia boa nos casos citados.

Ao final, um pequeno toque das 21 leis que regem o universo material e espiritual. Com um destaque para a causa e consequência.

1- Lei da Atração;

2- Lei da Resistência;

3- Lei da Reflexão;

4- Lei da Manifestação;


5- Lei do Livre Arbítrio;


6- Lei da Consequência - Causa e Efeito - Tudo surge de algo original anterior, cada evento, cada pensamento causa uma consequência (positiva ou negativa ao nosso julgamento e dos demais). Assim se executamos atos negativos atrairemos atos negativos e atos positivos atrairão no futuro atos positivos.
7- Lei da Harmonia;

8- Lei da Sabedoria e Conhecimento;

9- Lei do Retorno e da Dádiva;

10 - Lei da Evolução e Propósito;

11- Lei da Energia;


12 - Lei do Desapego;

13 - Lei da Gratitude;


14- Lei da Associação quando dois ou mais se juntam com o mesmo propósito ou intenção elevados;


15 - Lei do Amor Incondicional;

16 - Lei da Afinidade;

17 - Lei da Abundância;

18 - Lei da Ordem Universal;

19 - Lei da Unidade;

20 - Lei do Compromisso;

21- Lei da Eternidade.


Base: Silvana Rangel - artigo elaborado sob o ponto de vista das análises mais recentes e criteriosas da física quântica, pelas ciências da metafísica e pelas ciências védicas.
 
Uma boa semana para todos. Louco para ficar 100% legal!



sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Elas se beijaram




Sempre defendi o direito do próximo de ser feliz. Independente do desejo. Uns acham que devem fazer a curva. Outros, voltar pelo mesmo caminho. E uma pequena minoria segue a rota reta da sonhada felicidade: consciente ou inconsciente (sim, muitas vezes vivemos sem ter a necessidade de ser feliz. De acreditar. Apenas vivemos).

E nessa pegada da felicidade, e do prazer, fui ao cinema próximo da minha casa. Comecei a entender que existe vida ao lado da minha moradia. E que existe uma das minhas paixões: o cinema.

E em uma dessas idas para a sétima arte, perto de minha casa, estava o filme "As Sufragistas". Uma excelente arte que retrata a luta das mulheres pelo simples direito de votar.

Tão surpreendente quanto saber que houve um tempo em que a mulher não votava (ou melhor, sabia, mas constatar isso é duro, não? Inconcebível aos dias de hoje), foi observar o público. Como sempre observando e sem ter o que fazer antes do filme, comecei a olhar ao meu redor. Senhoras e senhores em grande maioria. Afinal, não é todo mundo que pega um cinema no final da tarde e no meio de semana. Vez em quando me dou esse direito.

Entre tantas chegadas e pipocas, um casal me chamou a atenção. E justamente um casal gay. Eram duas jovens com idades entre 18 e 25 anos no máximo. Uma de óculos, fazendo o tipo mais intelectual e calada. A outra, mais atirada e mais cheia de atitude: não menos apaixonada que a outra.

De cara, e antes que elas se posicionassem na minha frente, me chamou a atenção o carinho em que uma tinha com a outra. Aliás, ambas transbordavam amor. Era diferente: tipo namorados no seu primeiro mês de relacionamento.

A cena seria típica de um outro filme. Onde duas lindas meninas, que se gostam, vão ao cinema ou qualquer outro lugar, e não podem ser o que realmente são. Seria engraçado se não fosse triste constatar as duas moças vendo um filme, pela luta da mulher, pelo voto no início do século xx. Um verdadeiro contraste entre o voto e o direito de ser feliz com o outro(a).


"A medida de amar é amar sem medida" Sto. Agostinho.


Ambas deixaram escapar aos olhos do observador todo o carinho e delicadeza das ações e gestos. Do simples deixar a outra se sentar primeiro e do pegar delicadamente nas mãos. Como se fosse uma mão de seda ou uma planta precisando de carinho.

Bom, a luz apagou e com ela um monte de futuros filmes e propagandas. Elas? Se beijaram e fizeram carinho até onde podiam. É uma pena que uma cena de amor e entrega só possa ser percebida por poucos e ao apagar das luzes, não?

Que a luta pelo voto na Inglaterra, e em todos os cantos do mundo, construa o pilar do direito ao amor. Seja ele qual for, onde for e independente de horário e luz.

Deus salve as mulheres!

(Foto 1: adorocinema.com)
(Foto 2: blog.udf.edu.br)

domingo, 3 de janeiro de 2016

Ano novo, "Vida Bovina"


Eita ano novo e vida velha. Tudo como antes. "Nada mudou", diria a velha música. A passagem de ano como sempre: gente prometendo o que não deverá cumprir, postando e sussurrando mudanças de atitude para o novo ano quem vem, com mais horas do que o que passou.

Em recente ida para uma praia do Recife, com um amigo, fiquei pasmo, pela segunda vez, ao ver algumas atitudes: é, o amigo aqui passa o tempo todo observando tudo em 360º. Sempre fui assim. Defeito? Virtude? Vício? Sei lá. Chame como quiser. Só não é reprovável.

Continuando... Sabe aqueles amigos que você nunca (olha eu digitando essa palavra de novo) encontra e que mora há uns 6 mil Km de distância? Ou melhor, gente que você se sente bem e que te faz rir somente por estar ao teu lado? E que quando se encontra, parece até que se falaram no mesmo dia por celular e que, na verdade, faz anos que não existe um contato? Pronto...É com esse tal personagem que me atrevo a dar uma chegada na praia de Boa Viagem vez ou outra.

Chegamos tarde, "tipo cearense", que reza a lenda: chega tarde e sai à noite da praia. Se você for cearense, não se ofenda. Adoro o estado e os times de lá.

O local da praia que fomos é considerado um ponto "bom" (a gente nem acha tanto assim, só que as pessoas costumaram rotular alguns locais como bons). Sabe o efeito boiada? Esclareço. É quando todo mundo segue no mesmo caminho em bando (ou veste o mesmo tipo de roupa, celular ou pode ser em comportamento do tipo ir para o mesmo lugar).

Bom... Pela segunda vez estava no mesmo lugar e na mesma praia fazendo parte do efeito boiada. Lá pelas tantas... Entre comidas, celulares e outras coisas mais nas mesas, um cidadão (que de cidadania não sabe nem o que é) vem com uma mangueira e começa a molhar a turma. Sabe carnaval de Olinda? Só que em Olinda, para quem conhece, lá pelas tantas, estão todos bêbados e dispostos, na brincadeira, a se molhar. Até pelo calor e necessidade. É outro clima e existe uma magia nos ares da Olinda alta.

Não acreditei no que via. O povo sendo molhado e, por consequência, suas roupas, celulares e comidas (que não era de graça) também estavam na suposta "folia" do camarada. Até que o cara chegou para a banda que eu estava sentado e continuou molhando. Logo me levantei, reclamei e exclamei que se eu quisesse tomar banho iria ao mar ou no chuveiro que tem disponível no próprio "point".

Foi somente isso para olhar as caras e perceber os comentários contrários e reprovadores dos "espectadores". Não sei... Por alguns segundos eu estava me "editando" e vendo a possibilidade de até pedir desculpas ao "cidadão aguador de gente". Logo percebi, e com convicção comecei a refletir, que o Brasileiro se acostumou com isso, com pouco e a não dar a mão para a palmatória. Pior: a achar que reclamar e exigir seus direitos é feio; que o outro pode e que eu não tenho direito. Ah! vão se catar (risos).

Não acredito que o cara pague R$ 60,00 em um peixe e queira que a água, que vem não sabe de onde, tempere o seu prato. Vai entender!?

A motivação

"Como cearense" pedimos a conta muito tarde. Tipo: final da tarde. E muito tempo antes já percebia um pouco dos motivos que reforçavam e faziam "os espectadores" reprovarem a minha reclamação de um banho coletivo no "point". A própria falta de cidadania e, digamos, educação dos que alí estavam e saiam aos poucos.

Sacos, copos e restos de comida estavam disponíveis para quem quisesse no local. Sabe aqueles pombos de praia? Verdadeiros urubus, que se fossem bons para comer, já estariam nas panelas dos "barraqueiros points"

Me lembrei de um vídeo da Disney que mostra o Pateta indo para praia com um monte de gente e vendo os atropelos das sujeiras deixadas no caminho: antes, durante e depois.

Talvez a sujeira deixada na praia justifique a falta de bom senso e civilidade para o momento.

E tem um cantor de rock que quando canta o hino dos anos 80, "Que país é este", da banda Legião Urbana, permite o coro dos contentes: "É a porra do Brasil".

"Que porra" é essa que o cara pode prometer mudança e que não pode jogar o seu próprio lixo no lixo? Que não se julga responsável nem pelo próprio lixo?

Bem vindo ao mundo bovino.

(Foto 1: JC Imagens)
(Foto 2: IG)