sábado, 26 de dezembro de 2015

O início, o meio e "o fim..."


O início...

Ontem, por mais que a pessoa não quisesse, dava para sentir no ar um clima diferente. E eu, que não tenho tanta ligação com religião, percebi alguma energia de paz no ar. Era o primeiro dia do ano em que posso falar que era de "uma paz quase que viral". O segundo? Na semana que vem, ao final do ano.

Vivendo uma ditadura na internet encontramos de tudo. Um clima quase que romano nas opiniões e palavras: das mentiras até o "tribunal". A falta das relações interpessoais está motivando tudo isso. E o pior é que as pessoas não estão se dando conta. O que antes era bate papo gostoso, nas mesas dos bares, ou nas calçadas, virou o "tenho que opinar".  A desarmonia pedindo a palavra...

O meio...

Um dia desses, ao sair de um médico, me sentei em uma lugar e poucos minutos um casal se posicionou ao meu lado, na mesa do canto. Não que eu quisesse, mas... Escutei todo o bate boca e as brigas no pior estilo "meus bens". Era um tal de "você ganha tanto" e "a pensão não foi paga" que eu fiquei constrangido e acho que, mesmo de cor morena, fiquei vermelho. Ambos não se deram conta do ouvido alheio que alí estava.

Ao mesmo tempo que escutava (e não era minha obrigação de sair do lugar, pois eu cheguei primeiro), me vinham mais pensamentos de como eles seriam no início da relação. Por alguns minutos imaginei o quanto o casal deve ter sido bonito e dos momentos que ambos deveriam ter passado bem antes daquela resenha anormal.

Um casal bonito e bem vestido. Ela, loira e de olhos azuis e com um vestido branco bem elegante. Ele, todo bem vestido socialmente, com a barba da moda. Ambos com cara de gente que veio ao mundo por passeio. Olha eu aqui tendo um preconceito antes de saber quem são?! O pior que me passavam essa imagem.

Várias perguntas me vieram enquanto eu escutava a troca de pancadas verbais: será que eles dividiam os momentos felizes publicamente nas rede sociais? Ou seria, dada a falta de percepção da minha presença, um "Facebook" público naquele momento? Só faltava um teclado para as pessoas curtirem ou opinarem "romanamente" para cada lado.


E "o fim..."

Perdoar é uma dádiva maravilhosa. Permite que a saúde mental e do coração voltem ao normal depois de tantas situações que te envelhecem e te perseguem nos momentos da sua vida. Já percebeu quanto tempo se perde em não perdoar ou não aceitar um perdão?

O perdão é tão maravilhoso que não precisa ser dito ou pedido literalmente. E ele acontece em um gesto de atenção, em uma ligação, em uma mensagem de texto ou mesmo buscando e procurando a pessoa para conversar.

O bom é saber que depois de receber a atenção de quem queria o carinho, ou reatar a relação, a pessoa que deu o primeiro passo vai receber proporcionalmente a energia que foi depositada para dar o primeiro passo. E sabemos o quanto é difícil. Mesmo assim... Do papel â atitude não é muito distante, vai por mim.

Que a energia do dia do Natal dure por longas horas. E que as pessoas lembrem do perdão e de se permitirem ser perdoadas.

"Um mais um é sempre mais que dois"

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